sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Declínio do bloco Socialista e a queda do Muro de Berlim

 O VENTO DA MUDANÇA

Em 9 de novembro de 1989 caía um dos principais símbolos da Guerra Fria. Uma série de acontecimentos decisivos na Polônia, Hungria e URSS culminou no momento histórico na cidade alemã.

O Muro de Berlim, construído em 1961 pelo regime da República Democrática Alemã (RDA), era o símbolo da divisão do mundo em Ocidental e Oriental e da luta entre o comunismo e o capitalismo. Embora a parte oeste estivesse cercada por uma barreira de 155 quilômetros de concreto e arame farpado, as pessoas podiam viajar para qualquer lugar sem impedimentos. Berlim Ocidental era, portanto, uma ilha de liberdade no meio da RDA comunista.

 

Em contrapartida, para a grande maioria dos alemães-orientais, o Ocidente tão próximo permaneceu um local inatingível por décadas. Isso mudou abruptamente na noite de 9 de novembro de 1989, depois que uma nova lei de viagens foi anunciada numa entrevista coletiva televisionada ao vivo em Berlim Oriental.

De acordo com o comunicado, o trânsito para o Ocidente seria liberado – e de forma imediata! Milhares de pessoas rumaram para as militarmente vigiadas passagens de fronteira do centro da cidade, que realmente foram abertas depois de algumas horas. As imagens de pessoas celebrando na Berlim subitamente unida rodaram o mundo. De uma maneira comovente, estas imagens marcaram o fim de fato da divisão da Alemanha em Ocidental e Oriental.

Pouco mais de um ano depois, em 3 de outubro de 1990, o país politicamente dividido desde o fim da Segunda Guerra comemorou sua reunificação. Este marco histórico só foi possível graças ao consentimento das quatro potências vencedoras da guerra: os aliados democratas Estados Unidos, Reino Unido e França, assim como a comunista União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).

 Glasnost e Perestroika

As concessões feitas pelo reformista comunista soviético Mikhail Gorbachov, que chegou ao poder em 1985, foram decisivas. E essa é também a opinião do diretor do Memorial do Muro de Berlim, Axel Klausmeier.


A política de abertura (Glasnost) e reconstrução (Perestroika) de Gorbachov representou uma ruptura com a chamada doutrina Brejnev, que estipulava que os países unidos no Pacto de Varsóvia não deviam se desviar do curso estabelecido pelo Kremlin, em Moscou.

E, de repente, a mudança de direção: "Não importa o que aconteça nos Estados irmãos socialistas, estes Estados são responsáveis por si próprios", resumiu Klausmeier o fim de um dogma numa frase. Ao contrário das décadas anteriores, os soviéticos não intervieram quando o apelo por reformas democráticas ficava cada vez mais alto em Polônia, Hungria ou República Democrática Alemã. Antes da era Gorbachov, todas as lutas de libertação no chamado Bloco do Leste foram reprimidas brutalmente pela URSS – na RDA em 1953, na Hungria em 1956 e na então Tchecoslováquia em 1968.

Por que o muro foi derrubado?

A queda do Muro de Berlim relaciona-se com a desintegração do bloco de nações socialistas no leste europeu. A década de 1980 foi uma década de crise para o bloco socialista em geral e a situação não foi diferente para a Alemanha Oriental. O grande foco da crise era a economia ruim do país e a situação de vida dura da grande maioria da população.

Na década de 1980, a situação econômica da Alemanha Oriental era muito ruim, mas para mascarar a situação, o governante do país, Erich Honecker, fornecia subsídios que mantinha aquecido o consumo da população. O quadro da Alemanha Oriental agravava-se com o fato de que o governo desse país recusava-se a realizar reformas estruturais que eram necessárias.

O VENTO DA MUDANÇA

União Soviética foi dissolvida em 26 de dezembro de 1991, como resultado da declaração nº. 142-Н do Soviete Supremo da União Soviética. A declaração reconheceu a independência das antigas repúblicas soviéticas e criou a Comunidade de Estados Independentes (CEI). No dia anterior, o presidente soviético Mikhail Gorbachev, o oitavo e último líder da União Soviética, renunciou, declarou seu cargo extinto e entregou seus poderes - incluindo o controle dos códigos do arsenal nuclear soviético - para o presidente russoBoris Iéltsin. Naquela noite às 19h32, a bandeira soviética foi baixada do Kremlin de Moscou pela última vez e a substituída pela bandeira russa pré-revolucionária.

Anteriormente, de agosto a dezembro, todas as repúblicas individualmente, incluindo a própria Rússia, se separaram da União. Na semana anterior da dissolução formal da URSS, 15 repúblicas - todas, exceto os Estados bálticos e a Geórgia - assinaram o Protocolo de Alma-Ata estabelecendo formalmente a CEI e declarando que a União Soviética tinha deixado de existir. As revoluções de 1989 e a dissolução da URSS também assinalaram o fim da Guerra Fria.

Mas para contar essa história convido a Banda Scorpions, porque "ESSA HISTÓRIA TEM MÚSICA".    

 

Sunday Bloody Sunday (U2- Março 1983) - Domingo Sangrento na Irlanda do Norte.

Irlanda do Norte

Em 30 de janeiro de 1972, um domingo, uma passeata pacífica pela igualdade entre católicos e protestantes saiu às ruas em Londonderry, na Irlanda do Norte, e terminou em massacre. O exército britânico, segundo a versão oficial, respondeu a ataques do IRA (Exército Republicano Irlandês, na sigla em inglês) atirando sobre os manifestantes. Foram mortas 14 pessoas, fazendo o dia ficar conhecido como o “Domingo Sangrento” (Bloody Sunday).


Embora os detalhes sobre o que de fato ocorreu ainda permaneçam controversos, os acontecimentos centrais não são passíveis de dúvidas.

Os manifestantes protestavam contra a política do governo norte-irlandês de mandar prender, sem ordem judicial, pessoas suspeitas de terrorismo. A política era voltada especificamente contra o IRA, organização que lutava pela independência da Irlanda do Norte para integrá-la à República da Irlanda em um só país.


A passeata em Londonderry, na fronteira com a Irlanda, foi organizada pela Associação de Direitos Civis da Irlanda do Norte e pretendia protestar contra as prisões indiscriminadas. Cerca de 10 mil pessoas reuniram-se na praça Creggan, planejando marchar até a praça Guildhall, no centro da cidade, onde haveria um comício.

Mas a manifestação havia sido considerada ilegal pelas autoridades, já que o parlamento proibira qualquer tipo de protesto. Soldados de um regimento de paraquedistas britânicos receberam a ordem de impedir a aproximação da praça Guildhall. Para evitar um confronto, os organizadores conduziram a maior parte dos manifestantes pela rua Rossville em direção à esquina com a Free Derry. Ali, porém, um grupo de ativistas ficou para trás, dispostos a enfrentar com os soldados e montando barricadas. Atiraram pedras e outros objetos sobre os soldados, que responderam com balas de borracha, gás de pimenta e jatos d’água.


O gás obrigou muitos manifestantes a se refugiarem. Os paraquedistas então receberam ordens para avançar e prender a maior quantidade possível de manifestantes. O que aconteceu em seguida não está claro até hoje. Os soldados disseram que foram alvejados dos apartamentos enquanto se deslocavam para realizar as prisões e tiveram de revidar. A comunidade católica, por sua vez, garantiu que os soldados e franco-atiradores do exército montados nos muros altos da cidade velha atiraram em civis desarmados.

Depois de 25 minutos de tiros, os 14 manifestantes estavam mortos. Um inquérito posterior relatou que os tiros dos paraquedistas “beiraram a imprudência”. Concluiu também que os soldados foram alvejados primeiro e que algumas das vítimas portavam armas. A comunidade católica rejeitou essas conclusões e promoveu uma longa campanha pedindo um novo inquérito. Em 1998, foi anunciada a abertura de uma nova investigação sobre os acontecimentos do “Domingo Sangrento”, que até hoje não foi concluída.


Tanto a banda U2 quanto John Lennon gravaram músicas intituladas Sunday Bloody Sunday, em memória ao episódio. Paul McCartney, descendente de irlandeses como Lennon, lançou o single Give Ireland Back to the Irish, proibido de ser executado pela BBC até hoje. 

O impacto político da repressão levou ao ressurgimento de uma violenta oposição à presença dos britânicos na Irlanda do Norte. Para cantar essa história convido a banda U2, porque "A HISTÓRIA TEM MÚSICA!"








fonte:https://operamundi.uol.com.br/politica-e-economia/2723/hoje-na-historia-domingo-sangrento-deixa-14-mortos-na-irlanda-do-norte

SE QUISER SABER A HISTÓRIA DA IRLANDA, ACESSE:

http://evolveintercambio.com/2019/08/06/republica-da-irlanda-versus-irlanda-do-norte-qual-a-diferenca/

FONTE: YOUTUBE